quarta-feira, 15 de maio de 2013

Qualidade De Vida No Trabalho

Vivemos numa sociedade em mudanças e num momento excitante para as organizações. A sociedade percebe que a Qualidade de Vida e a Saúde são ativos importantes, envolvendo dimensões física, intelectual, emocional, profissional, espiritual e social.

Práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impacto negativo na saúde física e emocional dos empregados e na saúde financeira das empresas. Baixa motivação falta de atenção, diminuição de produtividade e alta rotatividade criam uma energia negativa que repercute na família, na sociedade e no sistema médico.

Segundo Domenico de Masi, vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro, mas continuamos a usar os instrumentos do passado. Felizmente, para algumas empresas inovadoras e conscientes, este cenário não faz parte de sua realidade atual

As dez melhores empresas para se trabalhar (Guia Exame 2001) transformaram o ambiente de trabalho e a Saúde emocional e física em vantagem competitiva, tendo plena convicção estratégica de que quanto mais eliciar satisfação, mais retorno terão em produtividade, criando assim a visão de uma organização mais privilegiada, competitiva e equilibrada.

Definição: 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, Qualidade de Vida é um conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações.

Objetivos Open in new window

Programas de saúde é a ciência e a arte de ajudar pessoas a modificar seu estilo de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre a saúde física, emocional, mental, social e espiritual. (american journal, 1989).

Os programas de Saúde e QV objetivam facilitar mudanças no estilo de vida, combinando ações e campanhas para consciência, comportamento e envolvimento, que suportem suas práticas de saúde e previna doenças.

Qualidade de Vida no Trabalho

O propósito de um programa de Qualidade de Vida ou Promoção de Saúde nas Organizações é encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional.

Um programa de Qualidade de Vida existe para gerar estratégias com o intuito de promover um ambiente que estimule e dê suporte ao indivíduo e à empresa, conscientizando sobre como sua saúde está diretamente relacionada à sua qualidade e produtividade.

Não é suficiente ter em mente mudar relevantemente o estado de saúde dos profissionais, mas também encorajá-los a cuidarem e gerenciarem sua própria saúde, adquirindo um ganho substancial na sua satisfação e crescimento, assim como no aumento de produção e redução de custos para a empresa

Benefícios

Melhoria da produtividade

Empregados mais alertas e motivados

Melhoria da imagem corporativa

Menos absenteísmo

Melhoria das relações humanas e industriais

Baixas taxas de enfermidade

Melhoria da moral da força de trabalho

Redução em letargia e fadiga

Redução de turnover

Missão Estratégica

A missão estratégica de um programa de Qualidade de Vida canaliza seus esforços para alcançar os seguintes resultados:

? Aumentar os níveis de SATISFAÇÃO E SAÚDE do colaborador/ consumidor/ comunidade. (Força de trabalho mais saudável) 

? Melhorar o CLIMA ORGANIZACIONAL (ambiente, relações e ações saudáveis) 

? Afetar beneficamente no processo de FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO humano, agregando competências (capacidade e atributos) 

? Influenciar na diminuição da PRESSÃO NO TRABALHO e do DISTRESSE individual e organizacional (Menor absenteísmo/rotatividade; Menor número de acidentes) 

? Melhorar a capacidade de DESEMPENHO das atividades do dia-a-dia. (Maior produtividade) 

As dimensões da Saúde Integral e Qualidade de Vida

Para efeitos didáticos, dividimos a Saúde em Seis Dimensões: FÍSICA, EMOCIONAL, INTELECTUAL, PROFISSIONAL, SOCIAL e ESPIRITUAL.

Estas dimensões facilitam a consciência e o desenvolvimento da saúde integral, assim como a possibilidade de se ter uma visão sistêmica e seu posterior equilíbrio e expansão, pois sabemos que na vida sempre estamos buscando uma inter-relação harmoniosa dos vários aspectos e dimensões do ser humano. 

Desde que o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de excelência em relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados, estamos tendo que constantemente se adaptar a todos estes estímulos, comprometendo de alguma forma nosso aprendizado e saúde. Afina de contas, se sentir mal no tempo e no espaço não é mais privilégio de nenhum astronauta. O psiquiatra Carl Gustav Jung dizia que se as coisas vão mal no mundo, algo deve estar mal comigo. Assim seria sensato, em primeiro lugar, ficar bem. Viver uma vida vibrante e feliz, na qual se utiliza o máximo que possui, com enorme prazer é um objetivo de vida. É o que dá qualidade à vida.

Eduardo Carmello

FONTE: MEXA-SE.com.br

segunda-feira, 6 de maio de 2013

SAL: MOCINHO OU VILÃO?

Seres humanos e outros animais precisam de sal para sobreviver. A falta dele dispara uma resposta comportamental que os motiva a ir atrás de alimentos e líquidos salgados. Em comparação com as dificuldades de acesso do passado, as sociedades modernas salgam a comida com quantidades bem superiores às necessidades fisiológicas, costume considerado prejudicial à saúde, porque provocaria hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. A relação entre o uso de sal e o aumento da pressão está cercada de tanta controvérsia, que fica difícil estabelecer limites seguros de consumo.
Dúvida. Não há consenso entre os especialistas se a redução do sal pode prevenir as doenças cardíacas. Foto:IstockPhoto
Dúvida. Não há consenso entre os especialistas se a redução do sal pode prevenir as doenças cardíacas. Foto:IstockPhoto
Nas comunidades pré-industriais, os níveis de pressão arterial são mais baixos. Quando esses povos adotam as dietas das sociedades industrializadas, há aumento da prevalência de hipertensão. Análises conjuntas de diversos estudos epidemiológicos (metanálises) demonstram que adultos hipertensos mantidos com restrição salina, apresentam quedas de pressão mais acentuadas do que normotensos submetidos ao mesmo tipo de intervenção.
Para dar ideia do impacto modesto do sal na dieta das crianças, uma metanálise que reuniu dez estudos, envolvendo 966 participantes de 8 a 16 anos, submetidos a uma redução de 42% da quantidade de sal ingerida, demonstrou haver queda de 0,11 cm na pressão máxima e de 0,12 cm na mínima. Portanto, uma criança com pressão de 13,5 por 8,5 que reduzisse o consumo pela metade ficaria próximo de 13,4 por 8,4.
A resposta da pressão ao sal é heterogênea, entretanto. De 30% a 50% dos hipertensos e uma porcentagem menor de normotensos apresentam sensibilidade ao sal. Os mais velhos, os obesos, os negros e os portadores de síndrome metabólica (excesso de peso, pressão alta, glicemia, colesterol e triglicérides elevados) são os mais sensíveis.
Diversos modelos experimentais de hipertensão demonstram que essa sensibilidade é herdada geneticamente, característica confirmada em seres humanos. Ao receber na veia uma infusão de solução salina, pessoas de cor negra com pressão normal excretam mais lentamente o sódio injetado. Ocorre o mesmo fenômeno entre brancos com familiares hipertensos.
Agora vejam as contradições
Em 2009, Strazullo avaliou 19 estudos que envolveram 177 mil participantes. A ingestão de sal estava associada a riscos mais altos de derrame cerebral e outras doenças cardiovasculares. Alguns estudos com menor número de participantes não confirmaram a existência dessa associação. Outros, ainda, chegaram a resultados opostos: prevalência mais alta de doenças cardiovasculares ligadas a dietas com baixo teor de sal.
Em 2011, O’Donnell publicou um levantamento em que tanto dietas muito ricas quanto muito pobres em sódio estão associadas a riscos mais altos de eventos cardiovasculares.
Uma metanálise Cochrane realizada no mesmo ano, envolvendo 6.250 participantes, concluiu que diminuir a quantidade de sal ingerida não foi uma estratégia capaz de reduzir complicações cardiovasculares nem mortalidade geral.
Resultados paradoxais como esses têm sido atribuídos a diferenças metodológicas e ao pequeno número de participantes acompanhados nos diversos estudos. Apesar dessas contradições, diversos países adotaram medidas restritivas.
O primeiro foi a Finlândia, no início dos anos 1970. Em 13 anos, a redução do consumo foi acompanhada de diminuição média de mais de 1,0 cm na pressão arterial dos finlandeses e de 75% a 80% das mortes por derrames cerebrais e infartos do miocárdio.
Em 2004, na Inglaterra, um acordo entre as autoridades sanitárias e a indústria alimentícia deu origem a campanhas publicitárias que fizeram os ingleses reduzirem o consumo de 9,5 para 8,6 gramas por dia, em apenas quatro anos.
Desde 2005, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos tem recomendado que os americanos adultos respeitem o limite de 5,8 gramas de sal por dia.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que os 10 gramas diários consumidos pelo brasileiro médio, sejam reduzidos pela metade (cinco pacotinhos).
FONTE: DRAUZIO VARELA - CARTA CAPITAL