segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Incenso e doença

Incenso e doença - ABC da Saúde 



É prática muito comum em vários países do mundo a queima de incenso no interior das residências, assim como em locais de trabalho e locais públicos.
A poluição em locais fechados é um motivo de preocupação devido ao seu maior efeito produzido pela concentração dos poluentes na ausência de ventilação. A poluição do ar em locais fechados produzida pelo cigarro já está bem caracterizada e o fumo passivo (inalação da fumaça de cigarro por não fumantes) é considerado um problema de saúde pública que, segundo a Organização Mundial da Saúde, atinge cerca de dois bilhões de pessoas. Estas pessoas apresentam um risco muito aumentado de desenvolver várias doenças como câncer de pulmão ou de cabeça e pescoço, doença cardiovascular, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e enfisema pulmonar, dentre outras.
Já existem alguns estudos indicando que a queima de incenso também pode ser uma fonte de poluição importante e causar problemas de saúde. Recentemente, uma pesquisa publicada na edição de agosto da revista científica Science of the Total Environment confirma os prognósticos mais sombrios.
Neste estudo os pesquisadores utilizaram dois tipos de incenso oriundos dos Emirados Árabes e os queimaram em um local fechado, emitindo uma concentração de fumaça similar à observada em uma sala de estar típica nas residências deste país. Foi analisado o tipo e a quantidade de gases contidos na fumaça. Foram encontrados altos índices de monóxido de carbono, formaldeído e óxidos de nitrogênio.
Prosseguindo o estudo, os investigadores expuseram células pulmonares humanas a este ambiente. As células apresentaram uma resposta inflamatória, característica da asma e de outras doenças respiratórias, resposta esta muito similar à encontrada quando células pulmonares são expostas à fumaça de cigarro.
O conjunto dos resultados desta pesquisa indica que a queima de incenso em ambientes fechados produz riscos à saúde. Os pesquisadores recomendam que o ambiente onde ocorra a queima do incenso seja muito bem ventilado, com a abertura de portas e janelas e salientam também que alternativas na composição do incenso, como a redução da quantidade de carvão, podem diminuir bastante a emissão de poluentes.
Como este hábito cultural se difundiu para vários países e que estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que mais de um milhão de pessoas por ano morrem de doença respiratória no mundo (a maior parte devido à poluição em ambientes fechados), o controle dos fatores que potencialmente aumentam o risco destas doenças deve ser considerado.
Fonte
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Fumo na gravidez – efeitos a longo prazo nos filhos

São bem conhecidos os efeitos nocivos produzidos pelo fumo durante a gravidez. A exposição à nicotina no período pré-natal altera o desenvolvimento cerebral, induz parto prematuro, produz bebês de baixo peso e, muitas vezes, pode levar à perda do feto. Os bebês que foram expostos à nicotina na vida intrauterina apresentam, também, uma maior probabilidade de serem viciados em cigarro quando ficam adultos.
Para tentar esclarecer os mecanismos pelos quais a exposição do feto à nicotina produz alterações de longo prazo, um grupo de pesquisadores de Nova York desenvolveu um estudo em que foram administradas pequenas doses de nicotina a ratas prenhas, o correspondente a uma mulher grávida fumar um cigarro por dia. Os resultados foram publicados na edição de 21 de agosto da revista científica The Journal of Neuroscience.
Os cérebros dos filhotes foram analisados e constatou-se um aumento do número de células nervosas em determinadas regiões do cérebro. Estas células são responsáveis pela produção de substâncias conhecidas como orexigenas (aumentam o apetite). Estes filhotes, quando adolescentes, apresentam uma alteração de comportamento caracterizada por um aumento de consumo de substâncias que produzem a sensação de recompensa.
A avaliação foi feita pela oferta aos adolescentes de soluções de nicotina, de álcool e de alimentos ricos em gordura, além da água pura e da ração normal. Os ratos que foram expostos à nicotina na gravidez da mãe apresentaram um consumo aumentado dos três componentes (nicotina, álcool e gordura), quando comparados aos animais em que a mãe não recebeu nicotina. Curioso que não houve aumento de consumo de água ou ração padrão, indicando que o efeito é especifico sobre substâncias que produzem sensação de recompensa e levam à adição.
Os resultados deste estudo demonstram que a exposição pré-natal a baixas doses de nicotina produz efeitos tardios na prole que levam a comportamentos que podem levar a adição a drogas e obesidade.
Para as futuras mães esta é mais uma forte evidência para não fumar (ou se expor à nicotina com substitutos do cigarro), pois, além de por em risco a sua gravidez, de comprometer o bebê, poderá estar definindo, talvez de forma irreversível, o futuro adulto de seu filho.


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